29 de outubro de 2009 | 4.826 visita(s)

Dia Nacional do Livro

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O dia 29 Buy Propecia Online de outubro foi escolhido para ser o “Dia Nacional do Livro” por ser a data de aniversário da fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil.

Seu acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc., ficava acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.

A biblioteca foi transferida em 29 de outubro de 1810 e essa passou a ser a data oficial de sua fundação e também o dia de se comemorar o livro.

E agora em pleno século XXI, vivendo na era da informática, nos perguntamos: qual será o futuro do livro na era ditigal? Alguns respondem que as publicações da forma como as conhecemos irão acabar, outros dizem que não, que tanto as edições impressas quanto as eletrônicas vão viver lado a lado, sendo apenas uma questão de escolha do leitor. Ainda é uma questão.

De qualquer forma, não há como negar a existência das editoras e livrarias online.

Talvez a questão não seja tanto se o livro impresso vai deixar ou não de existir, mas de que valor será investido daqui a algum tempo. Maior ou menor?

Pois uma das enquetes realizadas em nosso site, mostrou que apesar de toda modernidade, comodidade, entre outros fatores, o livro digital não substituirá o livro físico, na opinião de 85 % dos visitantes.

E para comemorar esse dia especial nada como o presente do Doutor Professor e escritor Gabriel Perissé, em seu belo “sermão”, para que possamos refletir sobre o que é o livro e seu papel em nossas vidas:

Olhai os livros na estante

No dia buy acomplia no prescription 29 de outubro comemoramos o Dia Nacional do Livro.

E de tanto contemplar os livros do meu pequeno escritório, senti a irresistível vontade de fazer um sermão:

Brasileiras e brasileiros… olhai os livros por um instante! Celebremos o dia do livro nacional! Pensemos com carinho nesse objeto subjetivo, nessa fonte da eterna inquietude, nesse micro-universo feito de papel e letras.
Olhai os livros de banda, mais caros do que muitas vezes o nosso bolso pode agüentar. Olhai os milhões de leitores esperando o milagre da multiplicação das livrarias.
Olhai as editoras (mal) tratando o livro como bem comercial, o que nem sempre faz bem à literatura nacional.
Olhai os poucos livros que dizem tanto e os muitos que nada acrescentam (mas que mesmo assim são livros, e merecem um olhar de amor, de compaixão).
Olhai os livros, portanto, sabendo que nas listas dos mais vendidos é possível encontrar “livros” com fotos de leões cansados, patos perplexos, porquinhos simpáticos, livros coisa nenhuma – enquanto outros, nas prateleiras baixas das estantes escondidas, guardam segredos que nos tornariam mais humanos.
Olhai os livros nos sebos, contai os livros nos dedos, amai os livros inteiros, amontoai os livros no quarto, na sala, no vosso banheiro!
Olhai os livros e vede: não falam, nem ouvem, e no entanto fazem o leitor mais eloqüente e mais atento ao mundo que o cerca. (E ao mundo que abriga em seu peito.)
Olhai os livros e vede: não cantam, não voam, e no entanto fazem o leitor espantar os males, sobrevoar terras e mares.
Olhai os livros e escolhei os que intensificam a vossa personalidade.
Olhai os livros e comprai os que podem trazer poesia para a prosa do vosso dia-a-dia.
Olhai os livros num canto, à espera de serem “ligados” pela nossa inteligência e imaginação.
Olhai os livros enquanto há tempo, pois chegará um tempo em que poderão se esgotar.
Olhai os livros mal traduzidos, mal revisados, mal distribuídos, mal prefaciados.
Olhai os livros abandonados e esquecidos, os livros menosprezados, empilhados no escuro, por cupins corroídos.
Olhai os livros em paz, mesmo que estejamos em guerra.
Olhai os livros apocalípticos, os poéticos, os livros que nos alegram ou deprimem, os livros que nos livram de todo mal.
Olhai os livros na estante, esse artigo de primeiríssima necessidade!

 

CONHECIMENTO. AQUI É PRESERVADO!

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